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Capa O Inferno é Aqui.png

REALESE

O que é o inferno? Para muitos, é um conceito abstrato, um castigo pós-morte reservado aos piores entre nós. Mas e se não fosse? E se o inferno já estivesse aqui, na nossa realidade, moldado pela crueldade humana, pela ganância, pela indiferença?

O álbum O Inferno é Aqui é um grito de revolta contra essa distopia real. Disritmiaä traz um retrato brutal do mundo em que vivemos, onde a maldade não precisa de uma entidade demoníaca para se manifestar – ela está presente nos atos de homens e mulheres, nas decisões de líderes insanos e nos sistemas que perpetuam violência e injustiça.

Cada faixa do álbum mergulha em uma faceta do caos moderno: guerras travadas não por justiça, mas pelos interesses mesquinhos de governantes que nunca pisarão no campo de batalha; a banalização do sofrimento; a impunidade dos piores criminosos; a manipulação midiática que transforma mentirosos em heróis e esconde os verdadeiros vilões.

A sonoridade reflete essa atmosfera sufocante, com riffs esmagadores, batidas agressivas e vocais carregados de fúria. As letras são diretas e cortantes, sem filtros ou eufemismos, expondo a decadência do mundo sem rodeios.

O Inferno é Aqui não é um álbum para os fracos de coração. Ele é um espelho cruel da realidade, um chamado à reflexão e, talvez, um último aviso antes do colapso total.

Disritmiaä não quer apenas fazer barulho – quer abrir olhos, mesmo que a verdade doa.

TRACKS

1-Governo Opressor.jpg

GOVERNO OPRESSOR

composição por Marcelo X

Arranjo Adams, Matheus e Michael

Temos que nos unir

Contra este tal capitalismo

Temos que nos unir 

Contra o governo opressor

Temos que nos unir

Contra o governo imperialista

Que espalha o medo,

A fome e dor...

Governo Opressor

Governo Opressor

Governo OpressorDisritmiaä
00:00 / 02:38

REALEASE

Gravada nos primeiros anos da banda, Governo Opressor é um grito contra qualquer forma de tirania. A música reflete a indignação contra regimes que exploram e controlam o povo, independentemente de sua ideologia política.

No verso “Contra este tal capitalismo”, a palavra capitalismo representa a ganância desenfreada e a exploração humana – algo que pode existir sob qualquer governo, seja ele capitalista, socialista ou de qualquer outra vertente. A mensagem central da música é clara: a união contra a opressão vinda de qualquer lado, contra aqueles que espalham medo, fome e dor para manter o poder.

Com o tempo e a maturidade, entendemos que a opressão não tem lado fixo. A história provou que tanto regimes capitalistas quanto socialistas podem se tornar máquinas de dominação e abuso. O verdadeiro inimigo não é um nome ou rótulo ideológico, mas qualquer sistema que oprima, que limite a liberdade e destrua a dignidade do povo.

O refrão "Governo opressor, governo opressor" continua sendo um aviso atemporal. Enquanto houver governos que exploram seus cidadãos, a resistência permanece viva.

2-Hardcore Atitude.jpg

HARDCORE ATITUDE

composição por Marcelo X

Arranjo Adams, Matheus e Michael

Somos uma banda

e queremos tocar

Não importa o público

Nem o Lugar

O underground é

Amizade e União

Se quer ser estrela

Aqui não é o seu lugar

Não somos músicos (mentira)

Nem queremos ser

Tocar e se divertir

Pogar pra valer

Se quer escutar 

Música Bonitinha

Então vá escutar MPB

Hardcore!!! Atitude!!!

Hardcore AtitudeDisritmiaä
00:00 / 01:35

REALEASE

Hardcore! Atitude! é um hino direto e sem frescura sobre o que significa fazer parte da cena underground. Sem amarras, sem pretensão de estrelato, sem concessões. É sobre tocar pelo amor à música, pelo caos, pela energia e pela verdadeira essência do hardcore: amizade, união e atitude.

A música reflete a essência do faça-você-mesmo (DIY), deixando claro que o hardcore não é sobre técnica ou perfeição, mas sobre entrega e autenticidade. Não importa o público, o tamanho do palco ou se há reconhecimento comercial – o que importa é a paixão e a honestidade no som. Se alguém quer glamour e fama, definitivamente está no lugar errado.

A letra brinca com a ideia de que "não somos músicos" – uma provocação que expõe a crueza do gênero, onde o sentimento e a mensagem são mais importantes do que qualquer virtuosismo. Aqui, a música não é feita para agradar ou seguir regras, mas para explodir nos palcos e incendiar o mosh pit.

 

E para aqueles que procuram algo mais "suave" e polido, o recado é simples: vá escutar MPB.

Hardcore! Atitude! é uma celebração da resistência do underground, um soco na cara do conformismo e um chamado para quem vive o hardcore de verdade: sem filtros, sem modinha, só atitude.

3-Guerra, morte e religião.jpg

GUERRA MORTE E RELIGIÃO

composição por Marcelo X

Arranjo Adams, Matheus e Michael

Ignorância sega

Em nome de um Deus

Fanáticos religiosos

Num mundo de ateus

Crianças perdidas

Brincando de Matar

Agonia e desespero

São postos no altar

Guerra, Morte e Religião

Ceitas profanas

E cultos pagãos

Lavando Suas almas

com Sangue dos irmãos

Tem que impor seu Deus

Custe o que custar

Nem que para isso

Tenha que me matar

Guerra Morte e Religião

3-Guerra, morte e religiãoDisritmiaä
00:00 / 02:31

REALEASE

Guerra, Morte e Religião é uma denúncia brutal da hipocrisia e da violência cometida em nome da fé. A música escancara o fanatismo religioso que transforma crenças em justificativas para massacres, onde a ignorância cega e a intolerância alimentam guerras sem fim. Em um mundo onde ateus e crentes coexistem, os fanáticos continuam travando batalhas para impor sua visão, não importando o custo.

A letra reflete a realidade sombria de crianças criadas no ódio, ensinadas a matar antes mesmo de compreender a vida. O desespero e a agonia se tornam dogmas, cultuados como sacrifícios necessários para uma causa cega. A religião, que deveria unir e trazer conforto, se torna ferramenta de controle e destruição, um altar onde se derrama sangue em nome de uma verdade fabricada.

As "ceitas profanas e cultos pagãos" simbolizam a manipulação espiritual, onde líderes sedentos por poder lavam suas almas com o sangue de seus próprios irmãos. A mensagem é direta: não importa qual Deus você segue, se ele exige guerra, morte e fanatismo, ele é apenas mais um instrumento de dominação.

A música carrega um instrumental pesado e caótico, refletindo o impacto das palavras. Os riffs intensos, as batidas agressivas e os vocais carregados de fúria transformam Guerra, Morte e Religião em um manifesto contra o extremismo e a intolerância, lembrando que quando a fé se torna um pretexto para matar, ela se afasta de qualquer divindade e se aproxima do puro terror.

4-solução Suicídio.jpg

SOLUÇÃO SUICÍDIO

composição por Marcelo X

Arranjo Adams, Matheus e Michael

Matar só por prazer

jogar só pra ganhar

Viver só por viver

seu ódio já é demais

 

Trepa so pra gozar

te dar satisfação

não tem medo da morte

Suicídio é a solução

 

Solução suicídio

Solução SuicídioDisritmiaä
00:00 / 01:20

REALEASE

Crua, incômoda e direta, Solução Suicídio é uma música que traduz a brutalidade de um mundo sem empatia, onde a violência e o egoísmo atingem seus limites mais extremos. Inspirada em uma reportagem de TV sobre um crime hediondo – um homem que assassinou uma criança e depois tirou a própria vida – a letra não busca amenizar os fatos, mas sim expô-los na sua forma mais brutal e revoltante.

A música joga na cara da sociedade a podridão humana, mostrando um ser consumido pelo ódio, pelo desejo doentio e pela total falta de sentido na existência. Um indivíduo que mata sem motivo, que usa as pessoas como objetos, que não teme a própria morte – e no fim, a única solução para sua existência desprezível é a autodestruição.

O refrão "Solução Suicídio" não é uma exaltação, mas sim um grito de desprezo. Alguns atos são imperdoáveis. Algumas pessoas não merecem continuar respirando. Se a justiça não os alcançar, o próprio ciclo de violência os eliminará.

Musicalmente, a faixa reflete esse impacto com um instrumental agressivo, rápido e impiedoso, carregado de fúria e indignação. A letra curta e seca reforça a urgência do tema, sem espaço para metáforas ou suavizações.

Uma música que não pede desculpas. Apenas cospe a verdade nua e sangrenta.

5-Industria da Morte.jpg

INDUSTRIA DA MORTE

composição por Marcelo X

Arranjo Adams, Matheus e Michael

andando pelas ruas

Desviando de balas

Violência sem fim 

Corpos em valas

Juventude Orfã

Desvaloriza a vida

Crianças armadas

infância perdida

Industria da Morte

A mãe que chora

A perda de um filho

A industria ri

com martírio

Juventude Orfã

Desvaloriza a vida

Crianças armadas

infância perdida

Industria da Morte

Indústria da MorteDisritmiaä
00:00 / 02:19

REALEASE

Crua, incômoda e direta, Solução Suicídio é uma música que traduz a brutalidade de um mundo sem empatia, onde a violência e o egoísmo atingem seus limites mais extremos. Inspirada em uma reportagem de TV sobre um crime hediondo – um homem que assassinou uma criança e depois tirou a própria vida – a letra não busca amenizar os fatos, mas sim expô-los na sua forma mais brutal e revoltante.

A música joga na cara da sociedade a podridão humana, mostrando um ser consumido pelo ódio, pelo desejo doentio e pela total falta de sentido na existência. Um indivíduo que mata sem motivo, que usa as pessoas como objetos, que não teme a própria morte – e no fim, a única solução para sua existência desprezível é a autodestruição.

O refrão "Solução Suicídio" não é uma exaltação, mas sim um grito de desprezo. Alguns atos são imperdoáveis. Algumas pessoas não merecem continuar respirando. Se a justiça não os alcançar, o próprio ciclo de violência os eliminará.

Musicalmente, a faixa reflete esse impacto com um instrumental agressivo, rápido e impiedoso, carregado de fúria e indignação. A letra curta e seca reforça a urgência do tema, sem espaço para metáforas ou suavizações.

Uma música que não pede desculpas. Apenas cospe a verdade nua e sangrenta.

a maldade em sua mente.jpg

MALDADE EM SUA MENTE

composição por Marcelo X

Eu sou o senhor da guerra,

Eu sou a devastação,

Mentor de toda Injustiça,

Desgraça e degradação,

 

Não sou Deus e nem o Diabo

Os dois são Pura Indagação

para justificar a violência

em nome da religião

 

Eu sou a peste negra

Aliciando inocentes

O pior do ser humano

A maldade em sua mente

Eu sou a peste negra

Aliciando inocentes

O pior do ser humano

A maldade em sua mente

Maldade em Sua MenteDisritmiaä
00:00 / 01:22

REALEASE

Se há algo que define a história da humanidade, é a violência. Guerras, massacres, exploração e dor – tudo justificado por ideologias, crenças e ambições egoístas. Mas e se não houvesse justificativa? E se a maldade fosse um fim em si mesma, uma força impiedosa que se alimenta do caos e da destruição?

Maldade em sua Mente é um hino sombrio sobre essa essência brutal, sobre a figura que não precisa de um motivo divino ou demoníaco para espalhar o sofrimento. A música encarna a voz da destruição personificada – o senhor da guerra, a peste negra, o arquiteto de toda desgraça. Ele não precisa de Deus ou do Diabo para validar seus atos; religião, política, patriotismo… tudo isso são apenas desculpas para o verdadeiro instinto de dominação e crueldade.

A letra é um soco direto, expondo a podridão da mente humana e a sua inclinação natural para a violência e o ódio. O instrumental acompanha essa carga pesada, com riffs esmagadores, batidas violentas e um clima que ressoa como um prenúncio do apocalipse.

Maldade em sua Mente não é apenas uma música – é uma revelação incômoda: o pior do ser humano não vem de fora, mas de dentro. Ele está sempre ali, esperando uma oportunidade para emergir. E quando surge, não há redenção. Apenas destruição.

7-Disritmia.jpg

DISRITMIA

composição por Marcelo X

Você vai trincando os dentes

Os seus olhos vão virando

A sua boca adormece

e também vai espumando

Quando vê já está no chão

Sem saber o que aconteceu

Coração descompassado

O corpo todo se tremeu

Isso é Disritmia

Isso é Disritmia

Isso é Disritmia

Isso é Disritmia

DisritmiaDisritmiaä
00:00 / 02:06

REALEASE

Rápida, intensa e caótica, Disritmia é mais do que apenas uma música – é a própria identidade da banda transformada em som. A letra descreve os sintomas de uma desritmia cardíaca, onde o corpo entra em colapso, os sentidos falham e o coração perde o compasso. Mas além da referência biológica, a música também funciona como uma metáfora para o som da banda: frenético, irregular e imprevisível, como um ataque que chega sem aviso e domina completamente.

A estrutura da música reflete essa ideia, com mudanças abruptas de ritmo e uma sensação de descontrole organizada dentro do caos. Os riffs vêm como descargas elétricas, enquanto a bateria pulsa como um coração acelerado prestes a explodir. O refrão repetitivo e direto reforça a experiência de quem sofre uma desritmia – um estado de colapso onde a única certeza é o descompasso total.

Com essa música, Disritmiaä define sua sonoridade e essência: rápido, agressivo e sem regras fixas – o caos em forma de música.

8-Corrupção.jpg

CORRUPÇÃO

composição por Marcelo X

Corrupção dos deputados

Corrupção do senador

Corrupção no plenário

Corrupção Governador

Metem a mão no povo

na maior cara de pau

Nesse circulo vicioso 

Sarney nunca se da mal

Este é o senado

Reino da baixaria

Atos secretos de sarney

acontecem todo dia

Enquanto isso o povo se fudendo

e a conta dele acrescendo

de quatro em quatro anos

engando todo povo​

Empregando fimiliares​

para poder roubar de novo

8-CorrupçãoDisritmiaä
00:00 / 01:02

​Enquanto isso o povo se fudendo

e a conta dele acrescendo

ainda diz que é inocente

na maior cara de pau

Nesse circulo vicioso 

Sarney nunca se da mal

Corrupção dos deputados

Corrupção do senador

Corrupção no plenário

Corrupção Governador

REALEASE

Rápida, intensa e caótica, Disritmia é mais do que apenas uma música – é a própria identidade da banda transformada em som. A letra descreve os sintomas de uma desritmia cardíaca, onde o corpo entra em colapso, os sentidos falham e o coração perde o compasso. Mas além da referência biológica, a música também funciona como uma metáfora para o som da banda: frenético, irregular e imprevisível, como um ataque que chega sem aviso e domina completamente.

A estrutura da música reflete essa ideia, com mudanças abruptas de ritmo e uma sensação de descontrole organizada dentro do caos. Os riffs vêm como descargas elétricas, enquanto a bateria pulsa como um coração acelerado prestes a explodir. O refrão repetitivo e direto reforça a experiência de quem sofre uma desritmia – um estado de colapso onde a única certeza é o descompasso total.

Com essa música, Disritmiaä define sua sonoridade e essência: rápido, agressivo e sem regras fixas – o caos em forma de música.

9-Cobiça Maldita.jpg

COBIÇA MALDITA

composição por Marcelo X

Todos escravos do vil metal

Essa é a raiz de todo mal

Maldito sistema capitalista

se matam por um real

A vaidade predomina

e o dinheiro é o combustível

Desgraçado e egoísta

Sujeito desprezível

A raiz de todo mal

Essa cobiça maldita

A raiz de todo mal

Sistema capitalista

9-Cobiça MalditaDisritmiaä
00:00 / 00:56

REALEASE

Escrita em um momento de revolta contra a ganância e a exploração, Cobiça Maldita é um ataque direto ao sistema capitalista, que transforma tudo em mercadoria e coloca o dinheiro acima da dignidade humana. A letra expõe um mundo onde pessoas se matam por trocados, onde a vaidade e o egoísmo alimentam uma máquina que apenas engole os mais fracos.

No entanto, com o tempo e a maturidade, percebemos que o verdadeiro problema não é apenas o sistema, mas sim a natureza humana quando movida pela cobiça. O capitalismo pode ser o alvo dessa música, mas a verdade é que a ganância corrompe qualquer ideologia. O socialismo, quando controlado pelos mesmos homens sedentos por poder, também gera miséria, exploração e violência. O problema não está em um modelo econômico específico, mas naqueles que usam qualquer sistema como ferramenta para enriquecer às custas dos outros.

O instrumental pesado e agressivo reflete essa indignação, com um ritmo que soa como uma máquina esmagando tudo à sua frente. O refrão martelante reforça a ideia de que a cobiça é uma doença, a verdadeira raiz de todo mal.

Se o dinheiro é o combustível, a ganância humana é o fogo que queima tudo ao redor.

10-Trauma.jpg

TRAUMA

composição por Adams Cavalcante

Sem saber, ele era inocente

Calmo analiza o zumbido

Descontrole cerebral

Que se transformará em trauma

A dez metros de distância

Ele tenta entender

O vermelho e a poeira

O seu cérebro já entendeu

Trauma

Trauma

Trauma

Trauma

A dez metros de distância

Ele tenta entender

Desfaleceu e acordo

Aqui, no inferno...

10-TraumaDisritmiaä
00:00 / 02:03

REALEASE

Fechando o álbum com um impacto brutal, Trauma é uma descida ao inferno pessoal de uma criança que teve sua vida destruída por uma explosão repentina. A música não se preocupa em suavizar a realidade – ela é a descrição crua de um momento de horror, onde a inocência se desfaz em poeira e sangue.

No instante do impacto, há um descontrole cerebral, um zumbido que confunde, que entorpece. O subconsciente entende antes do próprio corpo: algo irreversível aconteceu. A poeira vermelha se mistura ao ar, a visão embaralha, o tempo desacelera. Quando tudo finalmente se encaixa, já é tarde demais – tudo foi perdido.

A repetição da palavra "Trauma" no refrão reforça a ideia de um colapso mental irreparável. Não há mais passado, não há mais futuro. O que resta é um corpo mutilado e uma mente fragmentada, eternamente presa no momento da explosão.

Quando a criança desfalece e acorda, não há salvação, não há resgate. Ela desperta no verdadeiro inferno – aquele que não é metafísico, mas real, aqui e agora. O inferno não é um conceito distante, é o que restou de sua existência.

Com essa música, o álbum O Inferno é Aqui se encerra da forma mais impactante possível. A trajetória foi traçada, a destruição consumada. O que resta é apenas o trauma.

HISTÓRIA DO ÁLBUM

Gravado em 2009 no Nosso Bolso Records, nossa gravadora independente, O Inferno é Aqui nasceu da urgência de expressar toda a revolta e caos que enxergávamos no mundo. As letras, compostas por Marcelo X, um agnóstico gente boa, foram um reflexo dessa visão brutal da realidade. Algumas já estavam prontas desde a formação da banda em 2008, enquanto outras foram escritas no calor dos ensaios e do nosso processo criativo.

A composição das músicas aconteceu de forma rápida e espontânea. Eu, Adams, sempre tive uma abordagem heurística para criar – gosto de soluções rápidas, práticas e eficientes. Junto com Michael (baixista), trabalhamos nos arranjos, moldando o som do álbum com base em nossas influências: Varukers, Extreme Noise Terror, Nasum, Mukeka de Rato, Violator, RDP, entre outros.

O resultado foi um som agressivo, direto e sem firulas, fiel à essência do grindcore e crossover.

A arte da capa foi criada por Lucas Leão, em parceria com Marcelo X. As ideias e conceitos foram discutidos intensamente, resultando em uma imagem clássica, que se tornou a identidade visual do álbum.

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A GRAVAÇÃO

Mas gravar esse disco não foi nada fácil. Exigiu muito esforço de todos nós. Não me considero um músico excepcional – sei tocar bem, mas tenho minhas limitações. Por isso, foram meses de ensaios exaustivos, repetindo cada parte até alcançar a execução perfeita.

 

Quando finalmente entramos em estúdio para gravar, enfrentamos um grande revés: seis meses de trabalho com o primeiro técnico resultaram em um fracasso total. A frustração foi enorme.

 

Cansados e decepcionados, decidimos que eu mesmo assumiria o controle da gravação. E foi aí que tudo mudou. Com a experiência de seis meses de ensaios insanos, estávamos no auge da nossa precisão.

 

Matheus, na bateria, era um verdadeiro maestro do grindcore – sua pegada e resistência foram essenciais para dar corpo ao som da banda. Assim, retomamos a gravação com tudo, e dessa vez, tudo fluiu como um passe de mágica.

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MIXAGEM E MASTERIZAÇÃO

Após a gravação, ainda havia um desafio: mixagem e masterização – termos que pareciam um bicho de sete cabeças para nós na época. Mas foi aí que nossa rede de contatos fez a diferença. Trazemos o Cólera para tocar em Manaus e, através deles, conseguimos o contato de um produtor experiente que finalizou a mixagem e a masterização do álbum.

O resultado? Um disco que carrega o peso de toda nossa dedicação e suor. O Inferno é Aqui não foi apenas um álbum – foi um marco na nossa trajetória. Muita luta, muito trabalho, mas no fim, conseguimos transformar nossa revolta em música.

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