
REALESE
O que é o inferno? Para muitos, é um conceito abstrato, um castigo pós-morte reservado aos piores entre nós. Mas e se não fosse? E se o inferno já estivesse aqui, na nossa realidade, moldado pela crueldade humana, pela ganância, pela indiferença?
O álbum O Inferno é Aqui é um grito de revolta contra essa distopia real. Disritmiaä traz um retrato brutal do mundo em que vivemos, onde a maldade não precisa de uma entidade demoníaca para se manifestar – ela está presente nos atos de homens e mulheres, nas decisões de líderes insanos e nos sistemas que perpetuam violência e injustiça.
Cada faixa do álbum mergulha em uma faceta do caos moderno: guerras travadas não por justiça, mas pelos interesses mesquinhos de governantes que nunca pisarão no campo de batalha; a banalização do sofrimento; a impunidade dos piores criminosos; a manipulação midiática que transforma mentirosos em heróis e esconde os verdadeiros vilões.
A sonoridade reflete essa atmosfera sufocante, com riffs esmagadores, batidas agressivas e vocais carregados de fúria. As letras são diretas e cortantes, sem filtros ou eufemismos, expondo a decadência do mundo sem rodeios.
O Inferno é Aqui não é um álbum para os fracos de coração. Ele é um espelho cruel da realidade, um chamado à reflexão e, talvez, um último aviso antes do colapso total.
Disritmiaä não quer apenas fazer barulho – quer abrir olhos, mesmo que a verdade doa.
TRACKS

GOVERNO OPRESSOR
composição por Marcelo X
Arranjo Adams, Matheus e Michael
Temos que nos unir
Contra este tal capitalismo
Temos que nos unir
Contra o governo opressor
Temos que nos unir
Contra o governo imperialista
Que espalha o medo,
A fome e dor...
Governo Opressor
Governo Opressor
REALEASE
Gravada nos primeiros anos da banda, Governo Opressor é um grito contra qualquer forma de tirania. A música reflete a indignação contra regimes que exploram e controlam o povo, independentemente de sua ideologia política.
No verso “Contra este tal capitalismo”, a palavra capitalismo representa a ganância desenfreada e a exploração humana – algo que pode existir sob qualquer governo, seja ele capitalista, socialista ou de qualquer outra vertente. A mensagem central da música é clara: a união contra a opressão vinda de qualquer lado, contra aqueles que espalham medo, fome e dor para manter o poder.
Com o tempo e a maturidade, entendemos que a opressão não tem lado fixo. A história provou que tanto regimes capitalistas quanto socialistas podem se tornar máquinas de dominação e abuso. O verdadeiro inimigo não é um nome ou rótulo ideológico, mas qualquer sistema que oprima, que limite a liberdade e destrua a dignidade do povo.
O refrão "Governo opressor, governo opressor" continua sendo um aviso atemporal. Enquanto houver governos que exploram seus cidadãos, a resistência permanece viva.

HARDCORE ATITUDE
composição por Marcelo X
Arranjo Adams, Matheus e Michael
Somos uma banda
e queremos tocar
Não importa o público
Nem o Lugar
O underground é
Amizade e União
Se quer ser estrela
Aqui não é o seu lugar
Não somos músicos (mentira)
Nem queremos ser
Tocar e se divertir
Pogar pra valer
Se quer escutar
Música Bonitinha
Então vá escutar MPB
Hardcore!!! Atitude!!!
REALEASE
Hardcore! Atitude! é um hino direto e sem frescura sobre o que significa fazer parte da cena underground. Sem amarras, sem pretensão de estrelato, sem concessões. É sobre tocar pelo amor à música, pelo caos, pela energia e pela verdadeira essência do hardcore: amizade, união e atitude.
A música reflete a essência do faça-você-mesmo (DIY), deixando claro que o hardcore não é sobre técnica ou perfeição, mas sobre entrega e autenticidade. Não importa o público, o tamanho do palco ou se há reconhecimento comercial – o que importa é a paixão e a honestidade no som. Se alguém quer glamour e fama, definitivamente está no lugar errado.
A letra brinca com a ideia de que "não somos músicos" – uma provocação que expõe a crueza do gênero, onde o sentimento e a mensagem são mais importantes do que qualquer virtuosismo. Aqui, a música não é feita para agradar ou seguir regras, mas para explodir nos palcos e incendiar o mosh pit.
E para aqueles que procuram algo mais "suave" e polido, o recado é simples: vá escutar MPB.
Hardcore! Atitude! é uma celebração da resistência do underground, um soco na cara do conformismo e um chamado para quem vive o hardcore de verdade: sem filtros, sem modinha, só atitude.

GUERRA MORTE E RELIGIÃO
composição por Marcelo X
Arranjo Adams, Matheus e Michael
Ignorância sega
Em nome de um Deus
Fanáticos religiosos
Num mundo de ateus
Crianças perdidas
Brincando de Matar
Agonia e desespero
São postos no altar
Guerra, Morte e Religião
Ceitas profanas
E cultos pagãos
Lavando Suas almas
com Sangue dos irmãos
Tem que impor seu Deus
Custe o que custar
Nem que para isso
Tenha que me matar
Guerra Morte e Religião
REALEASE
Guerra, Morte e Religião é uma denúncia brutal da hipocrisia e da violência cometida em nome da fé. A música escancara o fanatismo religioso que transforma crenças em justificativas para massacres, onde a ignorância cega e a intolerância alimentam guerras sem fim. Em um mundo onde ateus e crentes coexistem, os fanáticos continuam travando batalhas para impor sua visão, não importando o custo.
A letra reflete a realidade sombria de crianças criadas no ódio, ensinadas a matar antes mesmo de compreender a vida. O desespero e a agonia se tornam dogmas, cultuados como sacrifícios necessários para uma causa cega. A religião, que deveria unir e trazer conforto, se torna ferramenta de controle e destruição, um altar onde se derrama sangue em nome de uma verdade fabricada.
As "ceitas profanas e cultos pagãos" simbolizam a manipulação espiritual, onde líderes sedentos por poder lavam suas almas com o sangue de seus próprios irmãos. A mensagem é direta: não importa qual Deus você segue, se ele exige guerra, morte e fanatismo, ele é apenas mais um instrumento de dominação.
A música carrega um instrumental pesado e caótico, refletindo o impacto das palavras. Os riffs intensos, as batidas agressivas e os vocais carregados de fúria transformam Guerra, Morte e Religião em um manifesto contra o extremismo e a intolerância, lembrando que quando a fé se torna um pretexto para matar, ela se afasta de qualquer divindade e se aproxima do puro terror.

SOLUÇÃO SUICÍDIO
composição por Marcelo X
Arranjo Adams, Matheus e Michael
Matar só por prazer
jogar só pra ganhar
Viver só por viver
seu ódio já é demais
Trepa so pra gozar
te dar satisfação
não tem medo da morte
Suicídio é a solução
Solução suicídio
REALEASE
Crua, incômoda e direta, Solução Suicídio é uma música que traduz a brutalidade de um mundo sem empatia, onde a violência e o egoísmo atingem seus limites mais extremos. Inspirada em uma reportagem de TV sobre um crime hediondo – um homem que assassinou uma criança e depois tirou a própria vida – a letra não busca amenizar os fatos, mas sim expô-los na sua forma mais brutal e revoltante.
A música joga na cara da sociedade a podridão humana, mostrando um ser consumido pelo ódio, pelo desejo doentio e pela total falta de sentido na existência. Um indivíduo que mata sem motivo, que usa as pessoas como objetos, que não teme a própria morte – e no fim, a única solução para sua existência desprezível é a autodestruição.
O refrão "Solução Suicídio" não é uma exaltação, mas sim um grito de desprezo. Alguns atos são imperdoáveis. Algumas pessoas não merecem continuar respirando. Se a justiça não os alcançar, o próprio ciclo de violência os eliminará.
Musicalmente, a faixa reflete esse impacto com um instrumental agressivo, rápido e impiedoso, carregado de fúria e indignação. A letra curta e seca reforça a urgência do tema, sem espaço para metáforas ou suavizações.
Uma música que não pede desculpas. Apenas cospe a verdade nua e sangrenta.

INDUSTRIA DA MORTE
composição por Marcelo X
Arranjo Adams, Matheus e Michael
andando pelas ruas
Desviando de balas
Violência sem fim
Corpos em valas
Juventude Orfã
Desvaloriza a vida
Crianças armadas
infância perdida
Industria da Morte
A mãe que chora
A perda de um filho
A industria ri
com martírio
Juventude Orfã
Desvaloriza a vida
Crianças armadas
infância perdida
Industria da Morte
REALEASE
Crua, incômoda e direta, Solução Suicídio é uma música que traduz a brutalidade de um mundo sem empatia, onde a violência e o egoísmo atingem seus limites mais extremos. Inspirada em uma reportagem de TV sobre um crime hediondo – um homem que assassinou uma criança e depois tirou a própria vida – a letra não busca amenizar os fatos, mas sim expô-los na sua forma mais brutal e revoltante.
A música joga na cara da sociedade a podridão humana, mostrando um ser consumido pelo ódio, pelo desejo doentio e pela total falta de sentido na existência. Um indivíduo que mata sem motivo, que usa as pessoas como objetos, que não teme a própria morte – e no fim, a única solução para sua existência desprezível é a autodestruição.
O refrão "Solução Suicídio" não é uma exaltação, mas sim um grito de desprezo. Alguns atos são imperdoáveis. Algumas pessoas não merecem continuar respirando. Se a justiça não os alcançar, o próprio ciclo de violência os eliminará.
Musicalmente, a faixa reflete esse impacto com um instrumental agressivo, rápido e impiedoso, carregado de fúria e indignação. A letra curta e seca reforça a urgência do tema, sem espaço para metáforas ou suavizações.
Uma música que não pede desculpas. Apenas cospe a verdade nua e sangrenta.

MALDADE EM SUA MENTE
composição por Marcelo X
Eu sou o senhor da guerra,
Eu sou a devastação,
Mentor de toda Injustiça,
Desgraça e degradação,
Não sou Deus e nem o Diabo
Os dois são Pura Indagação
para justificar a violência
em nome da religião
Eu sou a peste negra
Aliciando inocentes
O pior do ser humano
A maldade em sua mente
Eu sou a peste negra
Aliciando inocentes
O pior do ser humano
A maldade em sua mente
REALEASE
Se há algo que define a história da humanidade, é a violência. Guerras, massacres, exploração e dor – tudo justificado por ideologias, crenças e ambições egoístas. Mas e se não houvesse justificativa? E se a maldade fosse um fim em si mesma, uma força impiedosa que se alimenta do caos e da destruição?
Maldade em sua Mente é um hino sombrio sobre essa essência brutal, sobre a figura que não precisa de um motivo divino ou demoníaco para espalhar o sofrimento. A música encarna a voz da destruição personificada – o senhor da guerra, a peste negra, o arquiteto de toda desgraça. Ele não precisa de Deus ou do Diabo para validar seus atos; religião, política, patriotismo… tudo isso são apenas desculpas para o verdadeiro instinto de dominação e crueldade.
A letra é um soco direto, expondo a podridão da mente humana e a sua inclinação natural para a violência e o ódio. O instrumental acompanha essa carga pesada, com riffs esmagadores, batidas violentas e um clima que ressoa como um prenúncio do apocalipse.
Maldade em sua Mente não é apenas uma música – é uma revelação incômoda: o pior do ser humano não vem de fora, mas de dentro. Ele está sempre ali, esperando uma oportunidade para emergir. E quando surge, não há redenção. Apenas destruição.

DISRITMIA
composição por Marcelo X
Você vai trincando os dentes
Os seus olhos vão virando
A sua boca adormece
e também vai espumando
Quando vê já está no chão
Sem saber o que aconteceu
Coração descompassado
O corpo todo se tremeu
Isso é Disritmia
Isso é Disritmia
Isso é Disritmia
Isso é Disritmia
REALEASE
Rápida, intensa e caótica, Disritmia é mais do que apenas uma música – é a própria identidade da banda transformada em som. A letra descreve os sintomas de uma desritmia cardíaca, onde o corpo entra em colapso, os sentidos falham e o coração perde o compasso. Mas além da referência biológica, a música também funciona como uma metáfora para o som da banda: frenético, irregular e imprevisível, como um ataque que chega sem aviso e domina completamente.
A estrutura da música reflete essa ideia, com mudanças abruptas de ritmo e uma sensação de descontrole organizada dentro do caos. Os riffs vêm como descargas elétricas, enquanto a bateria pulsa como um coração acelerado prestes a explodir. O refrão repetitivo e direto reforça a experiência de quem sofre uma desritmia – um estado de colapso onde a única certeza é o descompasso total.
Com essa música, Disritmiaä define sua sonoridade e essência: rápido, agressivo e sem regras fixas – o caos em forma de música.

CORRUPÇÃO
composição por Marcelo X
Corrupção dos deputados
Corrupção do senador
Corrupção no plenário
Corrupção Governador
Metem a mão no povo
na maior cara de pau
Nesse circulo vicioso
Sarney nunca se da mal
Este é o senado
Reino da baixaria
Atos secretos de sarney
acontecem todo dia
Enquanto isso o povo se fudendo
e a conta dele acrescendo
de quatro em quatro anos
engando todo povo
Empregando fimiliares
para poder roubar de novo
Enquanto isso o povo se fudendo
e a conta dele acrescendo
ainda diz que é inocente
na maior cara de pau
Nesse circulo vicioso
Sarney nunca se da mal
Corrupção dos deputados
Corrupção do senador
Corrupção no plenário
Corrupção Governador
REALEASE
Rápida, intensa e caótica, Disritmia é mais do que apenas uma música – é a própria identidade da banda transformada em som. A letra descreve os sintomas de uma desritmia cardíaca, onde o corpo entra em colapso, os sentidos falham e o coração perde o compasso. Mas além da referência biológica, a música também funciona como uma metáfora para o som da banda: frenético, irregular e imprevisível, como um ataque que chega sem aviso e domina completamente.
A estrutura da música reflete essa ideia, com mudanças abruptas de ritmo e uma sensação de descontrole organizada dentro do caos. Os riffs vêm como descargas elétricas, enquanto a bateria pulsa como um coração acelerado prestes a explodir. O refrão repetitivo e direto reforça a experiência de quem sofre uma desritmia – um estado de colapso onde a única certeza é o descompasso total.
Com essa música, Disritmiaä define sua sonoridade e essência: rápido, agressivo e sem regras fixas – o caos em forma de música.

COBIÇA MALDITA
composição por Marcelo X
Todos escravos do vil metal
Essa é a raiz de todo mal
Maldito sistema capitalista
se matam por um real
A vaidade predomina
e o dinheiro é o combustível
Desgraçado e egoísta
Sujeito desprezível
A raiz de todo mal
Essa cobiça maldita
A raiz de todo mal
Sistema capitalista
REALEASE
Escrita em um momento de revolta contra a ganância e a exploração, Cobiça Maldita é um ataque direto ao sistema capitalista, que transforma tudo em mercadoria e coloca o dinheiro acima da dignidade humana. A letra expõe um mundo onde pessoas se matam por trocados, onde a vaidade e o egoísmo alimentam uma máquina que apenas engole os mais fracos.
No entanto, com o tempo e a maturidade, percebemos que o verdadeiro problema não é apenas o sistema, mas sim a natureza humana quando movida pela cobiça. O capitalismo pode ser o alvo dessa música, mas a verdade é que a ganância corrompe qualquer ideologia. O socialismo, quando controlado pelos mesmos homens sedentos por poder, também gera miséria, exploração e violência. O problema não está em um modelo econômico específico, mas naqueles que usam qualquer sistema como ferramenta para enriquecer às custas dos outros.
O instrumental pesado e agressivo reflete essa indignação, com um ritmo que soa como uma máquina esmagando tudo à sua frente. O refrão martelante reforça a ideia de que a cobiça é uma doença, a verdadeira raiz de todo mal.
Se o dinheiro é o combustível, a ganância humana é o fogo que queima tudo ao redor.

TRAUMA
composição por Adams Cavalcante
Sem saber, ele era inocente
Calmo analiza o zumbido
Descontrole cerebral
Que se transformará em trauma
A dez metros de distância
Ele tenta entender
O vermelho e a poeira
O seu cérebro já entendeu
Trauma
Trauma
Trauma
Trauma
A dez metros de distância
Ele tenta entender
Desfaleceu e acordo
Aqui, no inferno...
REALEASE
Fechando o álbum com um impacto brutal, Trauma é uma descida ao inferno pessoal de uma criança que teve sua vida destruída por uma explosão repentina. A música não se preocupa em suavizar a realidade – ela é a descrição crua de um momento de horror, onde a inocência se desfaz em poeira e sangue.
No instante do impacto, há um descontrole cerebral, um zumbido que confunde, que entorpece. O subconsciente entende antes do próprio corpo: algo irreversível aconteceu. A poeira vermelha se mistura ao ar, a visão embaralha, o tempo desacelera. Quando tudo finalmente se encaixa, já é tarde demais – tudo foi perdido.
A repetição da palavra "Trauma" no refrão reforça a ideia de um colapso mental irreparável. Não há mais passado, não há mais futuro. O que resta é um corpo mutilado e uma mente fragmentada, eternamente presa no momento da explosão.
Quando a criança desfalece e acorda, não há salvação, não há resgate. Ela desperta no verdadeiro inferno – aquele que não é metafísico, mas real, aqui e agora. O inferno não é um conceito distante, é o que restou de sua existência.
Com essa música, o álbum O Inferno é Aqui se encerra da forma mais impactante possível. A trajetória foi traçada, a destruição consumada. O que resta é apenas o trauma.
HISTÓRIA DO ÁLBUM
Gravado em 2009 no Nosso Bolso Records, nossa gravadora independente, O Inferno é Aqui nasceu da urgência de expressar toda a revolta e caos que enxergávamos no mundo. As letras, compostas por Marcelo X, um agnóstico gente boa, foram um reflexo dessa visão brutal da realidade. Algumas já estavam prontas desde a formação da banda em 2008, enquanto outras foram escritas no calor dos ensaios e do nosso processo criativo.
A composição das músicas aconteceu de forma rápida e espontânea. Eu, Adams, sempre tive uma abordagem heurística para criar – gosto de soluções rápidas, práticas e eficientes. Junto com Michael (baixista), trabalhamos nos arranjos, moldando o som do álbum com base em nossas influências: Varukers, Extreme Noise Terror, Nasum, Mukeka de Rato, Violator, RDP, entre outros.
O resultado foi um som agressivo, direto e sem firulas, fiel à essência do grindcore e crossover.
A arte da capa foi criada por Lucas Leão, em parceria com Marcelo X. As ideias e conceitos foram discutidos intensamente, resultando em uma imagem clássica, que se tornou a identidade visual do álbum.

A GRAVAÇÃO
Mas gravar esse disco não foi nada fácil. Exigiu muito esforço de todos nós. Não me considero um músico excepcional – sei tocar bem, mas tenho minhas limitações. Por isso, foram meses de ensaios exaustivos, repetindo cada parte até alcançar a execução perfeita.
Quando finalmente entramos em estúdio para gravar, enfrentamos um grande revés: seis meses de trabalho com o primeiro técnico resultaram em um fracasso total. A frustração foi enorme.
Cansados e decepcionados, decidimos que eu mesmo assumiria o controle da gravação. E foi aí que tudo mudou. Com a experiência de seis meses de ensaios insanos, estávamos no auge da nossa precisão.
Matheus, na bateria, era um verdadeiro maestro do grindcore – sua pegada e resistência foram essenciais para dar corpo ao som da banda. Assim, retomamos a gravação com tudo, e dessa vez, tudo fluiu como um passe de mágica.

MIXAGEM E MASTERIZAÇÃO
Após a gravação, ainda havia um desafio: mixagem e masterização – termos que pareciam um bicho de sete cabeças para nós na época. Mas foi aí que nossa rede de contatos fez a diferença. Trazemos o Cólera para tocar em Manaus e, através deles, conseguimos o contato de um produtor experiente que finalizou a mixagem e a masterização do álbum.
O resultado? Um disco que carrega o peso de toda nossa dedicação e suor. O Inferno é Aqui não foi apenas um álbum – foi um marco na nossa trajetória. Muita luta, muito trabalho, mas no fim, conseguimos transformar nossa revolta em música.
